Quem faz aplicações financeiras precisa ficar de olho nos principais indicadores econômicos para saber quais os reflexos para o seu bolso. Conheça alguns deles.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Quando ela aumenta de um mês para o outro, pode-se entender duas coisas:
1) o consumo cresceu e as empresas decidiram produzir;
2) as empresas estão projetando que no futuro as pessoas vão consumir mais e já anteciparam a produção.
As demissões ficam contidas e os salários poderão aumentar. Isso pode refletir em um aumento da Selic, a taxa básica de juros, pois a inflação pode aumentar. Os rendimentos em renda fixa, com base na taxa básica de juros, tornam-se uma boa aplicação.
EMPREGO E DESEMPREGO
Indica a soma de quantas pessoas estão empregadas e quantas buscam ocupação, ou seja, não estão empregadas, mas querem ter um emprego. Se muitos empregos estão sendo gerados, a economia e as empresas estão saudáveis. E, se a economia vai bem, a bolsa de valores também vai bem.
BALANÇA COMERCIAL
Contabiliza as importações e exportações de produtos e serviços. Se o saldo da balança comercial tem superávit - vendas maiores do que compras -, a bolsa de valores reflete esse resultado positivamente. Isso porque muitas empresas listadas na bolsa são exportadoras. Outro aspecto positivo é que as vendas feitas em dólares trazem mais moeda estrangeira para o país e, com isso, o real fica mais valorizado. Nesse caso, os investimentos indexados em dólar e os fundos cambiais podem render menos, já que a cotação do dólar está em baixa.
RENDA
É o salário que as pessoas recebem. Com uma renda maior, as pessoas tendem a consumir mais. Logo, investir em papéis do setor varejista, por exemplo, pode ser uma ótima opção, afinal você poderá receber mais dividendos.
COPOM
É o Comitê do Política Monetária, sua principal atribuição é definir a taxa básica de juro, a Selic, que hoje está em 10,75% ao ano. A Selic é o índice utilizado para definir os juros de todas as operações de crédito no sistema financeiro do país. Quando o Copom decide subir a Selic, as aplicações em renda fixa e em DI são favorecidas. Elas seguem como parâmetro o juro básico da economia. Quando o Copom reduz a Selic, esses investimentos rendem menos.
VENDAS NO VAREJO
Índice que mede as vendas no varejo. Para quem investe diretamente em papéis de empresas do setor varejista, como o Grupo Pão de Açúcar ou as Lojas Americanas, observar esse dado é importante para saber se os dividendos, parte do lucro da companhia que é destinada aos acionistas, aumentarão ou não. Outro ponto a avaliar com esse índice é a inflação. Se as vendas crescem, isso mostra que as pessoas têm mais dinheiro para consumir. Logo o Copom pode entender que a inflação crescerá e assim aumentará o juro básico. Nesse caso, investimentos que têm como base a taxa Selic, renda fixa e DI , são uma boa opção de investimento.
INFLAÇÃO
É a perda do poder de compra. O cálculo da inflação é feito pelo IBGE e o índice usado no mercado financeiro é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A elevação da taxa de juros é o recurso que o Copom usa para conter um aumento da inflação. Se você tem investimentos que estão atrelados à taxa básica de juros, como os Certificados de Depósito Bancários (CDBs), por exemplo, prepare o bolso para ganhar mais, caso a inflação esteja em alta.
DÓLAR
Moeda norteamericana usada mundialmente nas transações comerciais. A cotação do dólar influencia no preço das ações. Um exemplo são as companhias aéreas que abastecem seus aviões com combustíveis que têm o preço atrelado à moeda americana. Em 2008, o dólar teve uma valorização de 31% em relação à moeda brasileira. A companhia aérea TAM registrou um prejuízo de 1,2 bilhão de dólares porque precisou desembolsar mais dinheiro para pagar o combustível. A TAMM4, ação preferencial da empresa, chegou a ser cotada na bolsa de valores em 23 reais naquele ano. No ano anterior, ela valia 60 reais.
Fonte: Você S/A
Crises
Joseph Kitchen
Foi um homem de negócios inglês e estabeleceu alguns critérios para as crises.
Um Ciclo de Kitchin dura geralmente de 42 a 54 meses, podendo ser mais curto ou mais longo dependendo da natureza da Política fiscal e monetária da nação.
Durante esse período, passamos de uma recessão para o pico de expansão empresarial e então, naturalmente, recomeçamos.
Durante a vida do ciclo econômico, os títulos em ações e de mercadorias, segue fases, tais como:
- Fase 1 - Primeira recessão. Inicia a alta no mercado de títulos. Taxas de Juros altas. Baixa no mercado de ações e de mercadorias.
- Fase 2 -Aprofunda a recessão. Permanece a alta no mercado de títulos, mas é reduzida. Ações fazem fundo. Ainda temos baixa no mercado de mercadorias.
- Fase 3 - Transição para expansão. Ações iniciam mercado de alta. Mercadorias iniciam um novo movimento de alta. Taxas de Juros na economia atingem seu piso mínimo.
- Fase 4 - A expansão das empresas começa a amadurecer. Ações aceleram seu movimento de alta. Mercadorias começam a subir de preço.
- Fase 5 — A expansão nos negócios atinge o auge. Os títulos ainda estão em baixa. As cotações das ações fazem topo e iniciam mercado de baixa. Mercadorias permanecem em alta.
- Fase 6 - Empresas iniciam processo de retração. Títulos no final da tendência de baixa. Ações ainda declinam e commodities fazem topo.
Fonte: wikipedia
Nenhum comentário:
Postar um comentário